A última pesquisa Vox Populi divulgada pelo Jornal da Band anteontem mostrou a pré-candidata petista Dilma Rousseff pela primeira vez à frente do tucano José Serra na corrida presidencial. Dilma obterve 38% e Serra 35% das intenções de voto. O resultado foi comemorado pelos petistas, não só pelos números finais, mas principalmente pelo local onde a ex-ministra obteve crescimento.
Dilma cresceu 14 pontos percentuais em Minas. Saltou de 22% das intenções de votos para 36% entre a pesquisa de abril e a de maio. A comemoração tem motivo: Minas é a terra do tucano Aécio Neves, que até há pouco era o governador e postulava a condição de pré-candidato do PSDB ao Planalto.
Como Aécio não foi o escolhido, ele fez um compromisso público de que apoiaria e trabalharia por Serra no Estado. A sinalização deixou a cúpula da campanha do paulista satisfeita por hora. Mas os atos do tucano mineiro até o momento não foram suficientes para impedir ou diminuir a força do crescimento da ex-ministra no Estado.
Os petistas avaliam que com esse resultado a pressão para que Aécio seja o vice de Serra vai se intensificar. O mineiro seria o reforço ideal para evitar o crescimento de Dilma no Estado e garantir boa votação para Serra.
Se essa é a avaliação da base de Lula, imagine o que deve passar pela cabeça dos aliados do paulista. Antes da divulgação da pesquisa já havia rumores de Brasília de que haveria nova carga de assédio dos aliados para tentar convencer Aécio. Ideia que é rechaçada por sua base de apoio em Minas.
No entanto, a pressão já existia e vai se intensificar assim que Aécio voltar de viagem ao exterior. E cabe a ele sentir a pressão e decidir. Uma coisa é certa: os petistas torcem para que ele escolha concorrer ao Senado.
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