Tecnologia do Blogger.

Header Ads

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

PT: UM PARTIDO ORGANIZADO.







Coerente com a Reforma Política, aprofundar a participação dos filiados, por Paulo Bezerra

O PT é reconhecido por toda a sociedade como o mais organizado, e militante entre os partidos brasileiros.
Sempre estivemos a frente do processo de organização partidária, no inicio construímos uma estrutura a margem da oficial com nossos núcleos, zonais e participação direta de nossos filiados, era uma estrutura para dar vez e voz aos trabalhadores e furar o cerco oficial da política conservadora que impedia um partido como o PT de existir,isto foi fundamental para construirmos nossa história destes 31 anos.
Hoje estamos novamente à frente, quando impulsionamos a reforma política e quando organizamos este amplo debate sobre nossos estatutos. O que manter e o que mudar para que continuemos sendo referência para a democracia que queremos? E para que sejamos coerentes com as propostas de reforma política que defendemos, como voto em lista, financiamento publico e fidelidade partidária, devemos aperfeiçoar em nosso estatuto a participação dos filiados nos processos decisórios do PT Para tanto devemos observar algumas práticas em relação a nossa base social e a nossos filiados.
O momento de maior participação dos filiados em nossa vida interna se dá hoje através do PED, que acontece de dois em dois anos, onde nossos filiados são chamados ou levados a participar ,em muitos casos de maneira pouco politizada, o que importa é a quantidade que cada chapa tem capacidade de mobilizar, ficando em segundo plano os métodos e os custos dessa operação. E todos sabem que tais práticas, não contribuem para a construção de militantes petistas. Ao contrário, reforça práticas comuns aos partidos conservadores e clientelistas, nos quais o filiado é visto como instrumento de legitimação destas mesmas práticas.
Em relação ao funcionamento do PT merece destaque a situação das instâncias de base nas quais os laços com os filiados tem sido eventuais. Outros espaços de participação são as atividades dos mandatos parlamentares que atingem os militantes que via de regra ocupam posição na estrutura partidária, nos mandatos parlamentares e no poder executivo os setoriais e finalmente as eleições oficiais, quando uma parcela importante de nossos filiados tem uma grande participação.
Neste caso prevalece uma relação de assalariamento temporário pelos comitês eleitorais de nossos candidatos.
Para superarmos esta realidade, aperfeiçoarmos nossa democracia interna e sermos coerentes com a nossa defesa da Reforma Política, que entende o partido como uns dos elementos centrais da democracia deveram reforçar e qualificar nossa própria estrutura partidária.
Entendemos que esta qualificação é do interesse da maioria do PT, e devemos buscar mecanismos para avançar a nossa cultura de participação, que na prática signifique uma mudança de qualidade em nossa experiência.
Sabemos que essas mudanças devem se expressar em nosso estatuto como medidas concretas, fortalecendo a democracia e transformações na cultura política do PT e do país.
Para tanto devemos incentivar a presença dos filiados como sujeitos ativos da ação politica de maneira a permitir sua politização e protagonismo Nesse sentido devemos oferecer um processo de formação aos filiados que sirvam como instrumento desta politização.
Para garantir que todos (mandatos, correntes, lideranças)tenham interesse nesta mobilização nada melhor do que dar poder aos filiados de maneira a empoderá-los fortalecendo o PT.
Neste sentido é que propomos como emenda aditiva a nosso estatuto a criação de ciclos de formação – constitutivos da Jornada Nacional de Formação com a participação de até 200 filiados, organizados sob responsabilidade dos diretórios municipais. Os DMs terão a tarefa de centralizar e mensurar a participação dos filiados em 04 atividades anuais obrigatórias (ciclos da JNF),que serão planejadas pelo DN e organizados pela Escola de Formação. Os ciclos da Jornada deverão se constituir em espaços de formação comuns a todo partido.. Para que o filiado se credencie a votar e ser votado em nossas instancias deverá ter a presença ,no mínimo em duas atividades anuais.
Outra alteração a ser introduzida em nosso estatuto é a obrigação de nosso partido oferecer a todos os filiados, participantes deste processo interno, um periódico bi-mensal de responsabilidade do DN. Esta é uma ausência sentida por todos, pois, embora a internet seja um forte instrumento de informação que devemos recorrer permanentemente, não substitui o material impresso como ferramenta de trabalho de nossos militantes. Tanto assim que todas as correntes internas do PT e demais partidos de esquerda, muito menores do que o PT, mantém seus órgãos de impressa.
Outra emenda no sentido de valorizar a nossa politização, determina que nossa Escola Nacional de Formação, seja inserida em nosso estatuto como estrutura permanente do Partido, com fundos e mecanismos de funcionamento, tal qual decidido pelo Diretório Nacional, , que lhe dê condições de cumprir com sua função de geradora e disseminadora de nossa política.
As propostas apresentadas neste texto vão no sentido de debatermos os méritos de nosso diagnóstico sobre a participação dos filiados. As formas aqui sugeridas não devem ser vistas como definitivas e sim como referências para iniciarmos o debate.
Texto preliminar do debate sobre reforma estatutária.
Paulo Bezerra
PT – São Paulo
←  Anterior Proxima  → Inicio

0 comentários:

Seguidores

Total de visualizações